sábado, 26 de julho de 2014

Proteção ANTI CHAMAS Estruturas Metálicas

Proteção ANTI CHAMAS Estruturas Metálicas (11)98950-3543

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Figura 1: Valores dos fatores de redução para o limite de escoamento e o módulo de elasticidade do aço com a temperatura, como previstos pela NBR 14323 (NBR, 1999).
A NBR 14323 ainda prevê que caso algum aço estrutural possua variação do limite de escoamento ou do módulo de elasticidade com a temperatura diferente da apresentada na figura 1, os valores próprios deste aço poderão ser utilizados.

Para se aumentar o tempo necessário para que a temperatura crítica seja alcançada, ou seja, para se aumentar o tempo de resistência ao fogo recorre-se, muitas vezes, à aplicação de materiais isolantes térmicos por sobre a superfície dos componentes estruturais. Alguns materiais utilizados como isolantes térmicos são, por exemplo, lã de rocha, revestimentos intumescentes, argamassas, placas, fibras minerais, etc.. A título de exemplo, assumindo um tempo de resistência ao fogo de 3 horas para um edifício de grande porte em aço estrutural comum, seria necessária uma camada de cerca de 50 mm de isolamento térmico na superfície dos elementos estruturais para que a temperatura nos mesmos não supere os 550oC naquele tempo7. Por outro lado, a utilização de materiais isolantes implica em alguns efeitos indesejáveis. A utilização da camada de isolamento térmico pode onerar em cerca de 10 a 30% o custo total da estrutura metálica utilizada, reduzindo a competitividade da construção metálica.

As Normas Brasileiras

Para que se possa verificar a segurança estrutural em situação de incêndio dos elementos estruturais de aço de uma edificação, é necessário conhecer a exigência de resistência ao fogo para cada tipo de elemento (viga, pilar, laje) conforme as normas vigentes no país. As Normas Brasileiras que tratam da segurança estrutural frente ao fogo foram aprovadas em 1999: NBR 14432 “Exigências de Resistência ao Fogo de Elementos Construtivos de Edificações – Procedimento” e NBR 14323 “Dimensionamento de Estruturas de Aço de Edifícios em Situação de Incêndio – Procedimento”. O desempenho requerido para os elementos de construção estrutural (concreto, madeira ou aço) ou de compartimentação prescritos na NBR 14432 trata de prevenir o colapso estrutural, tornando possível a retirada dos ocupantes, de reduzir os danos às propriedades vizinhas e permitir o rápido acesso do Corpo de Bombeiros.

A Norma fornece uma Tabela, resumida abaixo, com recomendações consagradas, fruto do consenso da sociedade, de tempos requeridos de resistência ao fogo (TRRF) sob o conceito de fogo padrão descrito na Norma ISO 834 [11]. De acordo com a elevação de temperatura dos gases do forno como descritos na ISO 834, BS476 e LPS1107, quando a Tabela propõe uma
resistência ao fogo de 30 minutos, significa que a estrutura deve permanecer estável quando a atmosfera ao seu redor estiver a aproximadamente 820oC, 1 hora significa 930oC e 2 horas 1030oC. Quanto maior a resistência requerida, maior a temperatura que a estrutura deve resistir.
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A Norma aceita, como alternativa, o uso de qualquer método cientificamente confirmado ou normatizado, como o Método do Tempo Equivalente, a Análise de Risco como a proposta por Gretener ou métodos mais avançados de engenharia de incêndio.

À medida que o risco à vida humana é considerado maior, devido à ocupação, altura do edifício, etc., a exigência torna-se mais rigorosa e maior será o tempo requerido de resistência.

A Norma prevê ainda isenções, baseadas na pequena probabilidade da ocorrência de acidentes em pequenos edifícios cuja evacuação é simples, tais como estruturas de pequena área ou de um andar. A Tabela localizada na próxima página resume estas isenções prescritas na NBR 14432.
Apesar de a NBR 14432 ser válida para todo o Brasil, é importante verificar a existência de algum regulamento local específico.

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